quinta-feira, 31 de março de 2011

Dez erros comuns que podem comprometer seu ganho de massa muscular

Por: Rodolfo Anthero de Noronha Peres



Quando se objetiva o ganho de massa muscular, além de um treinamento apropriado, faz-se necessária uma nutrição específica. No dia a dia, atendendo inúmeras pessoas com esse objetivo em comum, observamos alguns erros clássicos, que acabam comprometendo toda a busca pelo resultado esperado. A ideia desse artigo é apresentar alguns desses equívocos com uma breve discussão.

Aumentar desesperadamente a ingestão calórica, sem se preocupar com a qualidade das calorias ingeridas.

O princípio básico para se aumentar a massa muscular realmente seria ingerir mais calorias do que se gasta. No entanto, a qualidade dessas calorias é igualmente importante, visando principalmente a obtenção de massa muscular sem o indesejado acúmulo de gordura corporal.


Pular/omitir refeições

A distribuição das calorias e dos nutrientes deve ser fracionada ao longo do dia. Fazer uma refeição a cada 3 horas é regra básica tanto para aumentar a massa muscular quanto para eliminar gordura corporal.


Não dedicar atenção especial para as refeições pré, durante e pós treino

Antes do treinamento, a nutrição deve garantir um adequado fornecimento de energia para a execução do treinamento. Em alguns momentos, uma nutrição durante o treino (na forma de suplementos) também apresenta grande validade visando retardar a fadiga. Após o treinamento, deve-se aproveitar a “janela de oportunidades” que se abre, proporcionando ao organismo o fornecimento adequado de nutrientes que garanta um ótimo processo recuperativo e otimize a síntese protéica.


Evitar todo e qualquer tipo de ingestão de gordura

Dentre inúmeras funções, a ingestão de gordura é fundamental para uma adequada síntese do hormônio testosterona. Recomenda-se cerca de 25 a 30% da ingestão calórica total proveniente de gorduras, sendo que destas, 2/3 deveriam provir de fontes insaturadas e apenas 1/3 de fontes saturadas.


Confiar em propagandas “milagrosas” de suplementos alimentares

Com o avanço da indústria da suplementação alimentar, podemos arriscar a dizer que praticamente todos os dias alguma empresa em alguma parte do planeta lança um novo produto. As propagandas, muitas vezes tentadoras, levam algumas pessoas a acreditarem que naquela pílula está a solução dos seus problemas estéticos. Pode parecer óbvio, mas é sempre bom relembrar: o suplemento alimentar apenas irá auxiliar na obtenção de resultados. É impossível alguém atingir seus objetivos confiando apenas no suplemento e negligenciando a alimentação e o treinamento. A suplementação deve complementar sua dieta de acordo com suas reais necessidades. Suplemente sim, mas com inteligência!


Restringir totalmente a ingestão de sódio

Realmente uma ingestão descomedida de sódio promove, entre outros malefícios, uma retenção hídrica indesejada. No entanto, algumas pessoas com receio desse nutriente, acabam o eliminando totalmente da dieta, o que é um grande erro. Necessitamos de sódio para diversas funções vitais, dentre elas a contração muscular. O bom senso em se utilizar quantidades adequadas fará a diferença.


Não comer alimentos fonte de fibras, vitaminas e sais minerais

Observamos pessoas se preocuparem excessivamente com a qualidade da proteína ingerida ou com a quantidade exata de carboidrato na dieta, mas acabam se esquecendo dos cofatores do metabolismo – vitaminas e sais minerais. Sem uma ingestão adequada desses micronutrientes, o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas acaba sendo prejudicado. Não preciso nem dizer que a referida ausência atrapalharia todo o processo de ganho de massa muscular. Já as fibras, quando presentes na dieta entre 20 e 30 gramas ao dia, exercem vários benefícios, sendo importantes para a manutenção de uma boa saúde.


Acreditar que apenas o peito de frango é uma ótima fonte protéica

O peito de frango é uma ótima fonte protéica com baixo teor de gordura. Isso faz com que algumas pessoas o utilizem praticamente como única fonte de proteínas da dieta. Alguns cortes bovinos como patinho, coxão mole, alcatra, lagarto, dentre outros, também possuem uma ótima relação de proteína/gordura, podendo ser igualmente utilizados. Peixes e ovos também possuem proteínas de grande qualidade, proporcionando maior variedade para o cardápio e facilitando a adesão a longo prazo.


Não manter uma ingestão protéica adequada

Grande parte dos indivíduos engajados em um programa de ganho de massa muscular, já tem consciência da importância da ingestão de proteínas para obtenção de grandes resultados. Mas uma minoria se preocupa em garantir uma boa ingestão protéica em todas as refeições. De nada adianta utilizar um ótimo tipo de proteína no momento pós-treino com a melhor whey protein do mercado, e esquecer dos demais horários. Lembrando que todas as refeições do dia deverão conter quantidades adequadas de proteína de qualidade.


Negligenciar a hidratação

Já me deparei com pessoas que investem verdadeiras fortunas nos maiores lançamentos de suplementos alimentares ao redor do mundo e que acabam fracassando na busca por seus objetivos pela ausência de uma substância gratuita em sua dieta: água. Tanto para obter aumento de massa muscular quanto para reduzir a gordura corporal, necessitamos estar bem hidratados. Ingira entre 100 e 200 ml de água por hora do seu dia, aumentando essa quantidade para cerca de 500 a 1000 ml de água/hora durante o treinamento.
Esses são apenas 10 erros comuns observados em pessoas que desejam aumentar a massa muscular.


Qualquer um desses erros pode impedir a obtenção dos resultados pretendidos. Para evitar equívocos como esses, procure sempre buscar informações sobre o assunto e, claro, a orientação individualizada de um nutricionista.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Musculação e emagrecimento




Muitas pessoas ainda não acreditam que a musculação tem um papel fundamental para a perda de peso. Pois bem, hoje vou postar alguns resumos de pesquisas cinetíficas que comprovam a eficiência da musculação para uma perda de peso mais saudável. Um abraço a todos que me acompanham!

Redução de gordura.

Em 1992, BROEDER e outros autores realizaram um trabalho de 12 semanas na Universidade do Texas onde usaram treinamento aeróbio de baixa intensidade ou musculação. O grupo que treinou endurance obteve perda de gordura, sem alterações na massa magra, já o treino com pesos induziu tanto um aumento na massa magra quanto redução na gordura corporal. Em 1997, o mesmo grupo acima (agora com a presença de Volpe) publicou um estudo com os mesmo resultados.

Outro estudo interessante foi feito por BRYNER et al (1999), no qual se compararam os efeitos do treinamento com pesos ao aeróbio juntamente com uma dieta de 800 kcal. O grupo das atividades aeróbias se exercitou 4 vezes por semana durante uma hora. O grupo da musculação só exercitava-se três vezes por semana em 10 exercícios chegando a quatro séries de 8-15 repetições. Os resultados: os grupos obtiveram ganhos similiares em VO2 máx e, apesar de ambos perderem peso, os exercícios aeróbios causaram perda de massa magra (cerca de 4 quilos!) o que causou redução no metabolismo de repouso de +/- 200 kcal. Ao contrário da inconveniência dos resultados obtidos com treinamento de endurance, a musculação preservou a massa magra e metabolismo de repouso.

GELIEBTER e outros autores também conduziram um experimento no qual se comparou o efeito do treinamento aeróbio com o da musculação nas alterações da composição corporal de indivíduos moderadamente obesos. Ao final de 8 semanas ambos os grupos obtiveram uma perda de peso de 9 quilos em média, porém somente o grupo que treinou com pesos conseguiu atenuar a perda de massa magra. (GELIEBTER et al, 1997)

Em 1999, Kraemer, e outros nomes notórios como Volek e o finlandês Keijo Hakkinen, fizeram um estudo de 12 semanas no qual a amostra foi dividida em três grupos: dieta, dieta + exercício aeróbios e dieta + treino de força. Ao final da pesquisa todos os grupos conseguiram reduzir o peso, sendo a menor perda para o grupo de exercícios aeróbios. Do peso perdido, o grupo que praticou a musculação perdeu 97% em gordura, contra 78% para exercícios aeróbios + dieta e 69% para a dieta somente, sendo que este último perdeu uma quantidade significativa de massa magra (KRAEMER et al, 1999).

Manutenção ou elevação do metabolismo.

Quando se realizam intervenções com o objetivo de reduzir o peso, um dos maiores problemas que se encontra é diminuição do metabolismo de repouso, ou seja, passa-se a utilizar menos energia, facilitando a recuperação da gordura perdida.

Como vimos, atividades intensas produzem maiores gastos calóricos e elevações na taxa metabólica de repouso por tempo e magnitude proporcionais a intensidade da atividade, a musculação pode ser orientada para ter característica intervaladas de alta intensidade e trazer os benefícios citados anteriormente. O mesmo serve ao treinamento com pesos conforme verificado por MELBY et al, (1993), GILLETTE et al (1994), HALTOM et al (1999), OSTERBERG & MELBY (2000). Neste último estudo, os autores verificaram utilização de gordura até 62% acima do “normal”, mesmo 14 horas após a musculação!

Apesar do que muita gente crê, o fato de se ter um bom condicionamento aeróbio em nada ajuda o seu metabolismo, pois o condicionamento aeróbio em si nada tem a ver com o gasto de energia no metabolismo de repouso. (BINGHAM et al, 1989; BROEDER et al, 1992, WILMORE et al, 1998). Pode-se correr na esteira a vida interia e até mesmo se tornar um maratonista que o metabolismo permanecerá igual, a menos que se ganhe massa muscular! Ressaltando, a maioria das evidências sugere que o metabolismo basal é relacionado à quantidade massa magra (BINGHAM et al, 1989; BROEDER et al, 1992; BURKE et al, 1993). Aqui reside uma inigualável vantagem do treino com sobrecargas, a capacidade de reduzir a gordura corporal e simultaneamente manter ou até mesmo aumentar a massa muscular, o que evita ganhos futuros de peso, melhora a estética e parâmetros funcionais, principalmente na força, coisas que os exercícios aeróbios não fazem (HUNTER et al 1998).

Além do ganho de massa magra há estudos mostrando alterações metabólicas interessantes como maior utilização de energia por unidade de massa magra, revelando que a elevação do metabolismo de repouso advindo do treinamento com pesos vai além do ganho de massa magra. Outro dado interessante é a queda do quociente respiratório, demonstrando maior utilização de gordura em repouso (HUNTER et al, 2000).

Esta hipótese tem sido muito discutida atualmente dada à baixa relevância que a massa muscular pode ter no metabolismo basal (os cálculos que fiz trazem algo em torno de 50 kcal por quilo de massa magra), porém, em casos extremos, os valores de massa muscular podem chegar a quantidades elevadas, ganhando significância.

Conclusões

Comprovadamente a musculação é um excelente meio de reduzir o percentual de gordura, mas os benefícios não se resumem a mera diminuição no tecido adiposo. O treinamento com pesos estimulará a síntese de proteínas musculares melhorando sua estética e as funções do aparelho locomotor. Além disso, os benefícios obtidos com o uso de exercícios resistidos serão mais duradouros devido à manutenção e até mesmo elevação do metabolismo de repouso, que parece ser relacionado com a massa muscular.

Enfim, tendo em vista os inúmeros benefícios proporcionados pelos exercícios com pesos é recomendável que se perca o medo da sala de musculação e descubra as maravilhas que lá o esperam. A monotonia ou a falta de tempo não serão problemas, pois o bom professor saberá organizar um treino que seja totalmente adequado a sua disponibilidade e personalidade, a questão chave está em se exercitar sob uma supervisão competente.

Nesse texto a referência principal foi a musculação, mas os mesmos benefícios podem ser obtidos com modalidades em grupo como a ginástica localizada (a verdadeira, montada por professores competentes, e hidroginástica (que pode ser bastante intensa, se elaborada com esta finalidade). Diversos estudos citados utilizaram treinamentos em circuito, que se aproximam muito da metodologia usada nas aulas em grupo (observação: não confunda isto com realizar 100 repetições de cada movimento ou passar de 4 a 5 minutos exercitando um grupamento muscular sem descanso, os questionáveis resultados estéticos destas metodologias em nada tem a ver com a proposta deste texto).

Fonte:Fisioculturismo.com.br

domingo, 20 de março de 2011

Veja como, e por que, perder peso rápido demais pode acabar com você




A velocidade certa para emagrecer com saúde varia um pouco para cada pessoa. Quem quiser limar mais de cinco quilos por mês, porém, precisa de acompanhamento específico. Senão, pode…

Ter disposição zero

Você passou meses, ou anos, acumulando dígitos na balança. Se do nada começa a apagá-los a jato, seu corpo entende que tem algo errado e reage com constipação, náusea, diarreia, fadiga.


Ter fome exacerbada

Ao secar de supetão, você provoca uma montanha-russa hormonal: o organismo baixa a produção de leptina, hormônio que leva os sinais de saciedade ao cérebro, e aumenta a fabricação de grelina, hormônio da fome. Resultado: vontade de comer muito, a toda hora.


Sofrer efeito estufa

O emagrecimento acelerado demais deixa seu corpo ávido por nutrientes – especialmente açúcares e gorduras. Aí, a absorção dessas substâncias aumenta e você pode recuperar o peso perdido.


Ganhar corpo de uva passa

“Ao perder quilos muito rápido, você diminui a camada de gordura localizada logo abaixo da pele, fazendo com que apareçam aquelas dobrinhas”, diz Ana Teresa Santomauro, endocrinologista e professora da Faculdade de Medicina do ABC (SP). Como os níveis de nutrientes de seu organismo vão bem lá para baixo durante o emagrecimento veloz, a pele também sofre alterações de elasticidade e resistência, o que pode deixar você com uma aparência um tanto mais velha e cansada.


Enfraquecer o coração

A concentração de eletrólitos, como potássio e cálcio, no sangue se modifica bastante com a perda de peso desenfreada. O risco: arritmias cardíacas, alterações no ritmo de batimento do coração que podem ser fatais.


Fonte: menshealth.abril.com.br

quarta-feira, 9 de março de 2011

Exagerou no carnaval?

Se você exagerou, bebeu demais, comeu alimentos que não lhe fizeram bem e ficou na maior ressaca, saiba que uma alimentação desintoxicante pode ajudar a diminuir o mal-estar e amenizar o estrago.





Para que o organismo se recupere de tanta agressão, é importante haver nos dias seguintes um repouso e uma alimentação adequada à base de alimentos e bebidas leves.

O processo de desintoxicação envolve a retirada de alimentos industrializados do cardápio, além de alimentos refinados, ricos em sal, cafeína, açúcares e aqueles providos de aditivos alimentares e gorduras prejudiciais à saúde.

O objetivo é eliminar do cardápio, por uns dois dias, todos os compostos que comprovadamente prejudicam o organismo.

Dicas para a desintoxicação:

- Consuma frutas, hortaliças e sucos de frutas sem açúcar ao longo do dia;

- Não consuma frituras;

- Tempere a salada com limão, ervas, vinagre e utilize pouco sal;

- Pela manhã, não deixe de consumir um copo de leite ou iogurte desnatado;

- Coma uma porção (100g) de carne magra no almoço e outra no jantar (peixe ou frango sem pele); prepare-os cozidos ou grelhados;

- Consuma três porções de cereais integrais (granola, barrinha de cereal, aveia, etc);

- Tome muito líquido durante o dia (pelo menos 2 litros). Vale água, água de coco e chás sem açúcar;

- Uma dica preciosa é consumir chá verde, que por ser diurético ajuda na eliminação de toxinas pelo corpo mais rapidamente;

- Alimente-se de 3 em 3 horas.


terça-feira, 1 de março de 2011

Novos cuidados com o coração feminino




A Associação Americana de Cardiologia, referência mundial em saúde do coração, tem se empenhado em mostrar que as doenças cardiovasculares não são exclusividade dos homens. A Organizaçõa Mundial da Saúde (OMS) já alerta que essas doenças são a principal causa de morte de mulheres no mundo.

Para facilitar o diagnóstico e a prevenção entre o público feminino, a associação americana divulgou, na última semana, novas diretrizes. No documento, ampliou a lista de fatores de risco, contestou a eficiência de procedimentos preventivos e chamou a atenção para a responsabilidade compartilhada entre médico e paciente na adesão ao tratamento. “Se o cardiologista não pergunta à mulher se ela está tomando o medicamento regularmente ou se conseguiu aderir a hábitos saudáveis, o problema continua”, avalia Lori Mosca, diretora da entidade. As orientações deverão ser seguidas por cardiologistas de todo o mundo.

Ponto de destaque na revisão, a inclusão de novos fatores de risco contempla agora enfermidades tipicamente femininas. Quem teve complicações na gravidez (diabetes gestacional e hipertensão induzida pela gestação) ou tem artrite reumatoide ou lúpus deve buscar um médico para evitar surpresas como a que aconteceu com a arquiteta Maria Ricciardi, 55 anos. Há 20 anos ela sofreu um infarto que assustou a todos. “Eu era nova e era mulher. Quando aconteceu, se falava pouco de infarto feminino.” À época, o único hábito de risco identificado foi o cigarro. Porém, ela também havia tido hipertensão na gravidez – problema que a associação acaba de incluir como fator de risco. Nesta categoria, aparece agora também a depressão. Uma das razões é o fato de a doença prejudicar a capacidade da mulher de se cuidar e até mesmo de seguir orientações médicas – ameaças ao coração.

No documento, também estão indicadas medidas de prevenção que ainda carecem de comprovação, de acordo com a associação. Entre elas estão a terapia de reposição de estrógeno (hormônio feminino que tem papel protetor do coração) e a suplementação com substâncias antioxidantes, como a vitamina E.

O esforço da associação americana é reunir conhecimentos da prática médica para preencher a lacuna existente nas pesquisas científicas. A presença de mulheres em estudos sobre doenças cardiovasculares é recente – começou na década de 90. E ainda segue insatisfatória. “Os testes com os remédios anticoagulantes e para o desenvolvimento do stent, por exemplo, foram feitos em voluntários do sexo masculino”, diz Elizabeth Alexandre, da Sociedade Brasileira de Cardiologia e médica do Instituto Dante Paz­zanese, de São Paulo. “A ciência precisa mostrar se os be­nefícios das terapias são os mesmos para mulheres e homens”, avalia Lori. O ponto-chave para isso é entender melhor a influência das variações hormonais da mulher na saúde cardiovascular, em especial na puberdade, gravidez e menopausa.

À medida que a medicina avança, novas informações têm sido levantadas. A associação com o câncer é um exemplo. “A Sociedade Brasileira de Cardiologia publicará, em alguns meses, uma diretriz ligando o tratamento contra o câncer às doenças cardiovasculares”, diz Evandro Tinoco, diretor clínico do hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro. Prevenir, nesses casos, pode ser decisivo. Foi o que percebeu a fotógrafa Lenira Carrilho, 51 anos. Dois meses depois de iniciar a quimioterapia por causa de um tumor de mama, ela viu sua pressão arterial aumentar a níveis alarmantes e teve de começar a usar medicamento para controlá-la. “Por sorte havia sido alertada sobre esse risco”, afirma.

Nas recomendações divulgadas pela entidade americana, há ainda a ênfase em tornar mais fácil a adoção de bons hábitos de saúde. “O documento foi um puxão de orelha nos médicos”, considera o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, vice-diretor clínico do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo. “Muitos especialistas geram demandas para as pacientes que elas não conseguem cumprir.”

De fato, esse é um dos principais empecilhos a mudanças no estilo de vida. Sem saber, por exemplo, como incluir no dia a dia a atividade física, a pessoa desiste de tentar. Por isso, os médicos americanos orientam que não é preciso passar horas na academia: 150 minutos por semana de exercícios moderados, como uma caminhada acelerada, bastam. Ou seja, cerca de 20 minutos por dia. O cuidado é urgente.

PS: Só faltou nesta reportagem a importância de procurar um Educador Físico competente para melhor orientar esse público na prática das atividades físicas recomendadas.

Fonte: Isto É